O Espantalho
Augusta Schimidt
Vestido de palha
E restos de pano
De braços abertos
Sorriso sereno
Lá está ele incansável
O meu espantalho
No meio do milharal
Sem hora e sem pressa
Feito um maestro de orquestra
Rege a sinfonia de pássaros
Que todos os dias
Vem lhe fazer companhia.
E quando a noite chega
Seu coração de palha se ilumina
E com a lua, sua menina,
Troca olhares apaixonados.